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Livro Pescadores de Almas - Walkíria Kaminski
Cap. O mandamento Maior
TRATAMENTO PELA ARTE
Arte na Espiritualidade

“... Prontos a iniciar, Rembrandt se dirigiu aos visitantes em nome de artistas e dirigentes da colônia: - Irmãos de ideal crístico, tomamos a liberdade de preparar-vos uma pequena mostra do trabalho que tanto comoveu nossa Maior Benfeitora e que a fez patrocinar com sua bondade de mãe nossos desejos de melhor servir em nome d’Ele a todos os que sofrem. Corações ligados ao dela, apreciaremos as muitas surpresas desta tarde. E retirando-se, deu por iniciada aquela festa espiritual. O que começou a acontecer então diante dos olhares atônitos e emocionados da platéia, só pobremente poderemos descrever. Dramatização e música, poesia e mímica, balé e canto coral, um a um os números apresentavam em múltiplas facetas, o Evangelho do Senhor, cantado, dançado e representado com inexcedível Amor e Veneração. Pintores e escultores, orquestras e solistas, faziam jorrar de suas obras, realizadas ao vivo, vibrações de paz e alegria sem par. Cintilações de cores belíssimas se mesclavam aos júbilos fraternais saindo diretamente do coração espiritual dos artistas, de suas vozes, de suas mãos, banhando profusamente, um a um, os seres da platéia em êxtase. Enquanto fixavam a atenção na beleza ímpar do espetáculo, os enfermeiros e médicos, sob uma orientação maior, iam medicando, balsamizando feridas, limpando perispíritos dos assistentes mais necessitados, que, concentrando-se mentalmente naquilo que se passava diante deles, nada mais percebiam, nem mesmo o socorro que recebiam de médicos e enfermeiras. Finalizados há um só tempo espetáculos e curativos, encerrava a apresentação da peça de encantador balé. A cada movimento das ágeis bailarinas, de suas vestes diáfanas coriscavam energias revigorantes, a restaurar as forças morais dos espíritos presentes. Do alto, coroando o final, chuva de delicados jasmins perfumou o ambiente envolvendo a todos, doentes, convidados e trabalhadores, num clima de profunda paz. Profundamente sensibilizados com o que vivenciavam, os convivas de esferas mais altas, acompanhados dos artistas e trabalhadores da saúde, reuniram-se em breve a Diain, numa sala isolada, parabenizando seus anfitriões pela belíssima apresentação que unira Evangelho e Arte num só e fulgurante elo, cativando corações para o Mestre dos Mestres. Convidados a apresentarem-se, foram logo se acomodando em volta da mesa alongada, em cuja superfície vítrea ondulavam cintilações verde-esmeralda, deram-se as mãos durante a mentalização do Pai Nosso. Marcada em paragens sidéreas luminosíssimas, iniciava-se, sob a direção de Diain, a assembléia de esperança que fora convocada por Maria, a protetora das Famílias e dos Lares. Sereno e complacente, o oriental de faces encantadoras assim dirigiu-se aos seus companheiros: - Irmãos em Cristo,
Aqui reunidos para deliberar sobre honroso convite de nossa benfeitora, o que assistimos há pouco foi uma demonstração em pequena escala do trabalho que a Arte, nesta Colônia de dores e reparações, vem realizar para suavizar um pouco o sofrimento das criaturas e em nome de Nossa Mãe começamos a experimentar a união de medicina e arte num mesmo esforço socorrista dos planos espirituais. Gostaria que nossos irmãos encarregados das áreas mais específicas desta tarefa, Rembrandt e Adolfo, detalhassem para nós as particularidades deste projeto que foi desenvolvido aqui junto aos suicidas. Irmão Rembrandt, por favor, fale-nos sobre o papel da Arte neste plano que, em sua segunda etapa, será também realizado entre os encarnados, mas irá iniciar-se junto às camadas de sofrimento aqui mesmo na Espiritualidade. Tomando a palavra, explanou Rembrandt sobre o assunto: - Como todos sabemos, a Arte pura é a mais elevada contemplação espiritual que as criaturas podem alcançar. O trabalho da Arte e do artista, ligados a Deus, foi sempre o de fazer vibrar o sentimento humano em uníssono com o Divino Amor. Durante nossas representações artísticas a luz espiritual que emana da Arte feita com Amor é fundamental para a elevação dos sentimentos em direção ao bem. Livres das restrições da fisicalidade, onde nossa força mental é grandemente tolhida, nossos pensamentos e sentimentos, agindo em harmonia, tornam-se um dínamo espiritual, gerador de luzes multicores como as que vimos exteriorizadas pelos artistas em cena. O estado emotivo que as vibrações positivas criam é algo semelhante à afinação dos diversos instrumentos de uma orquestra a fim de que seja tocada num mesmo tom a música a executar. Harmonizados os artistas num mesmo tom, ou seja, o desejo de salvar para Cristo, suas emoções e experiências individualizadas transformam-se em luzes, como se o artista fora um gerador de energias mais profundas, produzindo intensa corrente vibratória que irá atingir aos que lhe estiverem próximos. É sabido que a luz estimula a crescer; todas as coisas vivas dependem dela para se manter em equilíbrio. A luz é, portanto, em nosso plano, uma das maiores forças do Universo, visto que suas irradiações visíveis ou invisíveis, pressionam os demais corpos, como já o comprovou até mesmo a cética ciência terrena. Se soubermos dirigir estes jatos luminosos sobre os necessitados, tendo nossa mente centralizada na oração, os induziremos a se colocar em breve tempo em comunicação com as Esferas Superiores. Neste estado, os doentes expandem sua aura, exteriorizando com mais facilidade seus íntimos dissabores e anseios, numa limpeza d’alma sem igual. Ao mesmo tempo, ao tornarem, pela expansão da aura individual, visíveis suas mazelas, é mais fácil se conseguir o diagnóstico das moléstias que afligem seus perispíritos. Com a Arte, estaremos realizando a cura pelas cores durante o espetáculo. Criando em cada festa espiritual clima propício à pregação evangélica, estes festivais abertos a todos, sem distinção, serão como um chamariz, uma isca, um arauto apregoando, em todos os lugares de sofrimento e dor, o convite divino, como os enviados do rei para o convite do festim de bodas, para o reencontro dos filhos pródigos com o Pai. Será desta forma que os espíritos com tarefas na Arte colaborarão neste novo empreendimento de paz. Sendo uma das funções do perispírito a de absorver as energias da luz e redistribuí-las, influiremos com os
raios coloridos emanados de nossas apresentações cristãs, na modificação dos ideais de nossos companheiros mais sofridos. Arte e terapia, cor e vida é o que oferecemos, senhores.
O interesse dos presentes era evidente. Retomando a direção da conversa, levantou-se o oriental, agora mostrando ao seu redor cintilante aura azul cerúlea. Olhando a marcante figura de Adolfo, Diain o convida a explanar por sua vez sobre a atuação médica no projeto ali estudado. - Caros irmãos, começou, vosso adiantamento espiritual já vos deu inúmeras chances de estudarem mais a fundo o quanto os processos de saúde e enfermidade, harmonia e desarmonia são associados e dissociados conforme a direção mental que recebam da nossa vontade. Os doentes a que nos referimos são em sua grande maioria, pessoas desorientadas, sem o comando da razão, sem o domínio da própria mente. Escravizada ainda pelos instintos, a maioria de nossos irmãos se deixa conduzir por eles, sem a força da razão a lhes equilibrar os descaminhos. Seus desequilíbrios morais, agredindo as divinas leis de sustentação da vida, vão macerando seus corpos, o físico e o espiritual, até que a doença se instale. Toda emanação mental menos digna se reflete imediatamente no campo magnético em torno da criatura, pontilhando de manchas a sua aura, inundando-a de corpúsculos mentais que alteram a sua cor e freqüência naturais. Em seres sadios, a aura esplende naturalmente e a podemos ver tão claramente como vemos a que envolve nosso irmão Diain. Mas no estado de doença projetados por mentes enfermiças, a aura como que se interioriza, tornando-se quase invisível e dificultando nossos exames do campo magnético essencial. Essa descompensação vibratória cessa quando em estados mentais positivos, o paciente em simbiose mental com o grandioso espetáculo artístico que assiste, interrompe a corrente de pensamentos viciosos de ódio e autopiedade que o envolvem, libertando, sem interferências ou frustrações, seus pensamentos e desejos mais íntimos. Ampliando-se desta forma, pelo toque sutil da arte, seu campo mental, a aura reaparece ,e em seu espectro eletromagnético, todos os centros de força e desequilíbrio carregado por aquela criatura são visíveis a olho nu. E enquanto nossos irmãos necessitados estiverem livres de toda tensão, sintonizados com a corrente mental do espetáculo edificante, terão os trabalhadores da área da saúde espiritual melhores condições de diagnóstico e tratamento aos doentes. Sem que eles sequer se apercebam, enquanto a arte lhes harmoniza e saneia as mentes, nós estaremos medicando, estabilizando e curando seus corpos espirituais. (...) Em condições normais muitos desses irmãos não nos permitiriam sequer nos aproximássemos.
Após socorrermos um a um, acabada com o sucesso a festa das artes da qual participaram vivamente, sem restrições ou censuras e aliviados de suas dores, estarão tão comovidos que aceitarão com mais brandura nossas orientações.
Aliviados de suas dores morais e infinitamente melhor em seus corpos espirísticos, estarão mais ao alcance das aquisições celestiais.
É assim que a medicina atuará nos festivais de arte, como o quer nossa protetora Maria de Nazaré. ”
Pescadores de Almas - Walkíria Kaminski - Cap. O mandamento Maior

Em um Show ou em uma Atividade Artística onde se apresenta uma arte feita com amor, quando o artista está se apresentando, o público está sendo magnetizado, extremamente atraído pelo que está sendo interpretado, então é um canal poderoso de transformação dos sentimentos das pessoas, é uma desobsessão em massa para encarnados.As Casas espíritas trabalham com a desobsessão de encarnados com um número que suas casas comportam, mas em um Show ou em uma Atividade Artística, isso se amplia, é uma desobsessão para muitas pessoas, e às vezes para milhares de pessoas.Mas que canal nós artistas espíritas estamos sendo para essa desobsessão? Como nós artistas estamos nos preparando? O que estamos fazendo? Estamos orando antes das apresentações? No final das apresentações estamos agradecendo a Deus pelo trabalho realizado naquele dia e pela assistência espiritual promovida durante as apresentações? Existem espíritos necessitados de todas as categorias e após os Encontros Artísticos, Shows e Festivais eles são atraídos, recebidos, encaminhados e tratados.(Mensagem recebida mediúnicamente no Instituto Oficina de Arte em 25/02/2009)

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