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UM QUADRO ESPÍRITA NA EXPOSIÇÃO DE ANVERS.
Durante nossa estada em Anvers, fomos visitar a exposição de pintura, onde admiramos as obras verdadeiramente notáveis de pintores nacionais; ali vimos com um extremo prazer figurar muito honrosamente dois quadros do nosso colega da Sociedade de Paris, Sr. Wintz, 63, rua de Clichy: Retorno das vacas e um raio de Lua. Mas o que chamou particularmente a nossa atenção foi um quadro do gênero posto no catálogo sob o título de: Cena do interior de camponeses espíritas. Num interior de imóvel rural, três indivíduos em roupa flamenga estão sentados em redor de um enorme cepo sobre o qual pousam as mãos na atitude daqueles que fazem mover as mesas. Em sua fisionomia atenta e recolhida, reconhecia-se que tomam a coisa a sério. Outros personagens, homens, mulheres e crianças, estão diversamente agrupados, uns espiando com ansiedade o primeiro movimento da enorme massa, os outros sorrindo com um ar de ceticismo. Essa pintura', que não é sem mérito como execução, é original e verdadeira. Se excetuarmos deles o quadro medianímico que figurava como tal na exposição de artes de Constantino- pla (Ver a Revista de julho de 1863, p. 209), é a primeira vez que o Espiritismo figura tão claramente confessado nas obras de arte; é um começo.
ALLAN KARDEC.

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